segunda-feira, 14 de novembro de 2011

PERFIL

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Olá pessoal. Inaugura hoje no blog, a coluna Perfil. Trata-se de um espaço com breves perguntas aos nossos parceiros de aventuras. Espero que gostem!!
Entrevistado: Waldemar Hesse
Idade:43 anos
Profissão: advogado
Bike usada: bike gts alfa2

Waldemar



1) Quando começou a praticar mountain bike?

Comecei a pedalar aproximadamente em agosto/2009.

2) De lá pra cá, o que mudou na sua vida?

Mudou muito. Meu preparo físico, disposição, parei de fumar, as taxas do exame de sangue melhoraram profundamente. Antes estavam todas no limite ou além do limite. Agora todas estão dentro do desejável. Emagreci, mesmo sem fazer dieta. Além do que tenho conhecido amigos e lugares maravilhosos, tudo em função do pedal.

3) Já sofreu alguma queda? Como foi?

Queda sofri algumas. Quando coloquei o pedal clip, caí cinco vezes num dia no mesmo pedal. O pior que sempre parado, pois não estava acostumado e quando parava não conseguia desclipar. Porém, antes do pedal clip, em fevereiro/2010 caí um tombo feio, um mês após comprar a bike nova que me acompanha até hoje. Tanto ela quanto a camisa rasgada, que virou talismã. Sempre quando posso pedalo com ela. Talvez algum dia a guarde, mas nunca a jogarei fora. Era domingo às 06:00hs, saimos para pedalar eu, Junior, Joaquim, e um outro colega do qual infelizmente não recordo o nome, pois pedalei com ele somente aquele dia. Dizem que após presenciar meu tombo parou de pedalar. Enfim, seguia na frente o Junior e o Joaquim, chegamos numa descida em S e eu por descuido fiquei guardando a distância com eles que estavam à frente, e quando percebi estava na curva, pegando a parte suja da estrada, pneu semi-eslique, de repente a bike escorregou as duas rodas, não restando outra opção senão a queda. Caí sobre o ombro esquerdo, rolei e fui quicando feito uma bola, fechei os olhos, até que fui de costas escorregando mais alguns metros até parar. Evidentemente fiquei lanhado toda a lateral esquerda. Imagine o ardido no banho. A camisa ficou com algiuns rasgos, contudo aguentou bem, face a proporcionalidade do tombo. O capacete ficou com marcas e uma trinca.
Após o tombo fiquei agachado na estrada e com o colega jogando agua na cabeça, pois estava querendo desmaiar. Por fim, Junior e Joaquim voltaram, face minha demora, e tomaram conhecimento da situação. Conversando fui fazer um movimento e percebi que meu ombro estava estranho, achei que havia quebrado ou deslocado, pois tive um experiencia parecida no outro ombro há 25 anos atrás jogando futebol, o qual tive que operar à época.
Resolvemos chamar o SIATE que deu os primeiros socorros, e assim fui ao pronto socorro, onde foi diagnosticada luxação do ombro esquerdo. Belo domingo!!!
Os amigos tiveram então a triste tarefa de retornar com minha bike e avisar a família de forma a tranquilizar. Pois como chegaram com a bike, sem eu junto? Meio complicado de explicar.
Enfim, fiquei no pronto socorro, onde fui bem atendido, sem esperar muito. Só um pouquinho. Graças não precisei fazer cirurgia, porém, fiquei de molho por três meses, retornando ao pedal somente em maio daquele ano.


4) Pedala em média quantos quilômetros por semana?

Por semana pedalo em torno de 100Km.



5) Alguma situação curiosa durante algum pedal, que vale á pena relatar?

Situações curiosas de pedal são várias. Contato direto com a natureza já presenciei macaco bugiu, cachorros querendo o tornozelo, aranhas, cachoeira, pássaros, camelos, lhamas, lindas paisagens, e grandes novos e velhos amigos.
6) Como tem sido participar das etapas do Campeonato Metropolitano e como foi a sua participação na primeira etapa de 2011?

É o primeiro ano que participo do campenato metropolitano. É muito bom. Cada etapa uma superação. Jamais imaginei que algum dia poderia pedalar tais distâncias, sem desistir. O sofrimento compensa a cada chegada. Fiz os 91,5 km do revezamento das nascentes, onde pedalei do km 50 com caimbra até o final da prova. Essa deu vontade de chorar quando cheguei, mas a satisfação foi muito maior. Para minha alegria, encontrei um biker que foi meu amigo de infância/escola em minha cidade natal em SC há 25/30 anos atrás.

Waldemar na chegada da primeira etapa do metropolitano 2011

A primeira etapa foi à parte. Nunca tinha participado do metropolitano. Retornando das férias de fim de ano sem pedalar, totalmente sem preparo/resistência, e um amigo dizendo: Vamos!! Damos conta!! Na boa!! assim, fui. Nunca sofri tanto, cheguei em último, empurrando a bike no final nas subidas, jurando que nunca mais participaria de tal evento, enfim, totalmente acabado. Não preciso dizer que cheguei em último. Mais tarde vi num site que foi a etapa mais difícil dos últimos anos, ou quem sabe de toda a história do campeonato metropolitano. Contudo, o importante para mim nessas etapas é terminar o circuito e melhorar meu rendimento, pois, não há como competir com os outros que são muito bons. Profissionais!!. Mas a satisfação de participar de um evennto com 300 bikes, conversas, amigos, paisagens, sofrimento/adrenalina. Tudo isso faz um conjunto que você deseja cada vez mais participar. Não pela colocação, mas pelo prazer em si. Claro que se você consegue melhorar sua posição em cada prova melhor, mas não é o principal ou o fim de estar participando.
Sempre que puder pedale, senão quando perceber sua bike estará encostada na garagem e enferrujando.
Certo que tenho amigos que sempre pedalamos juntos, o que faz o pedal sempre mais agradavel, em especial o amigo Sergio, pedal de primeira hora, com o qual sempre fazemos a programação de itinerário, inclusive para Morretes, Mariscal, etc.
Pedalar entre amigos o incentivo é muito maior.

2 comentários:

  1. Muito legal esta inciativa do meu maridão de postar no blog o perfil dos corajosos bikers,além de partilhar suas histórias, seus desafios e prazeres que essa prática esportiva carrega,sem contar provoca em nós leitores e seguidores uma vontade de vivenciar essas aventuras que o mountain bike proporciona, sem esquecer que o mais bacana é amizade que se cria através do esporte.Parabéns Amore e Parabéns Waldemar pelo belo relato.

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  2. ERRATA: leia-se FAMILIA.

    Iasnay, obrigado pelo comentário e pelo apoio aos nossos pedais.

    waldemar

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