segunda-feira, 18 de julho de 2011

TRILHA E MUITA ADRENALINA EM GUAÍRA

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Sol forte, clima show de bola para um pedal por Guaíra. Meu cunhado Rogério então sugeriu que fizéssemos uma trilha em mata fechada que passava as margens do rio Taturi sendo que no meio da mata há uma pedreira desativada há muitos anos. A referida trilha acabaria as margens do rio Paraná.

Antes de chegar nessa mata onde estaria a trilha tivemos que percorrer alguns quilômetros pela zona rural. Era de fato uma trilha em meio a mata, extremamente técnica. Em alguns trechos havia descidas de 5 ou 6 metros , porém eram verdadeiros barrancos que exigia muita coragem para se jogar rs. A cada momento uma nova emoção, pois eu não conhecia a trilha. Apesar de técnica e travada, alguns trechos permitiam velocidade. Por varias vezes passávamos as margens do rio Taturi. A pedreira abandonada em meio a mata também foi um atrativo a parte. Morei por 24 anos em Guaira e nunca havia visto aquele lugar, isso deixou o pedal mais interessante. Na pedreira, a sensação era de estar num filme, pois o local enorme e completamente isolado tem o seu charme. No fundo da pedreira, um pântano se formou.

Depois da pedreira continuamos a trilha e logo chegamos na margen do rio Paraná. È nesse rio que tem cerca de 3 (três) quilômetros de largura, que os contrabandistas e traficantes passam suas mercadorias e drogas do Paraguai para o lado brasileiro. Tanto é que encontramos estradas abertas em meio a mata, feita por eles.

 Assim conseguem chegar com o carro nas margens do rio em meio a mata, a fim de passar a mercadoria dos barcos para os veículos. Foi possível ver também o esforço da polícia em fechar tais picadas, com o uso de maquinas, morros de terra são levantados para bloquear tais passagens. Até uma pequena tenda de folha de bananeiras e marmitex eu encontrei no meio dessa mata. Pertence aos marginais que passam á noite cuidando do contrabando.

Mas de fato o mais emocionante foi quando eu e meu cunhado estávamos num destes portos clandestinos. Algo me dizia que não deveríamos ficar muito tempo ali, afinal o local é relativamente perigoso. Quando penso que não, avisto um sujeito vindo no meio da mata em nossa direção. Falei baixinho ao meu cunhado, vamos que tem malandro chegando. Subi na bike e comecei a pedalar devagar, afinal não queria que parecesse que estava fugindo rs. Mas meu cunhado demorou mais e quando ouvi, ele estava a falar com os caras. Isso mesmo os caras, pois quando parei e olhei para trás, já eram 4 camaradas. Apenas houve cumprimentos e de longe também dei um opa rsss. Meu cunhado disparou: fecharam tudo aqui, ficou muito ruim. Tipo sou amiguinho de vocês rssssss. Eles responderam que sim, havia ficado ruim. Mas no fundo perceberam que eram apenas dois desavisados, pois estávamos trajados com roupas de ciclistas. Eles com certeza eles estavam ali para cuidar do território ou quem sabe alguma mercadoria no meio da mata.

Depois que saímos dessa trilha, seguimos pela zona rural, e passamos pela casa onde houve a maior chacina da história do Paraná (http://noticias.uol.com.br/cotidiano/2008/09/22/ult5772u850.jhtm), numa guerra de traficantes, onde 15 pessoas foram mortas de uma só vez. A casa hoje está em ruínas, ficou um lugar maldito e de fato a sensação naquele lugar não é das melhores, pois pensar que as pessoas foram chegando e sendo presas em um galpão para depois serem executadas uma por vez, não é nada agradável rsss.
A trilha mesmo deu em torno de 7km e o pedal no todo deu 21 km e a adrenalina sem medida.



Zona rural de Guaíra, terra vermelha...



Rogério













Ao fundo o Rio Paraná e na margem de lá, o Paraguai...

Marmitas deixadas pelos contrabandistas...
Casa onde houve a chacina.....lugar bem macabro.....rss


Pedreira

2 comentários:

  1. Muito legal, adrenalina total, essas coisas que valem a pena.

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  2. hehhe de fato foi muito 10...valeu Maurício...abraços

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