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É bem verdade que não podemos prever o nosso futuro, nem mesmo por um segundo sequer, afinal posso estar escrevendo neste momento e sabe lá o que será de mim no segundo seguinte. Todos sabem dessa realidade. No entanto, apenas nos damos conta dela em determinados momentos da vida. Hoje está sendo para mim, um desses momentos.
Ainda há pouco, fiquei sabendo que um antigo amigo de pedal (Lázaro Teixeira Bastos), faleceu no mês passado. Apesar de não ter contato com ele há mais de dez anos, fiquei muito chateado com a notícia.
Recordei do tempo (1994) em que treinávamos juntos em Guaíra, na maioria das vezes com o resto da turma. Porém, em varias oportunidades não podíamos pedalar na parte da tarde, então eu passava na casa dele, por volta de seis e meia da manhã e treinávamos sozinhos até as oito horas. Foi um parceiro.
Naquela época eu tinha apenas 15 anos e ele por ser maior de idade, em algumas provas que fizemos em Maringá, foi o meu responsável bem como pelos outros membros da equipe, ainda menores de idade.
Era sem dúvida um apaixonado pelo esporte. Partiu fazendo o que gostava. Segundo as notícias que pesquisei, ele pedalava em Camboriú onde residia atualmente, quando a porta de um carro foi aberta e ele não conseguiu desviar, vindo a ferir gravemente uma artéria do pescoço. Morreu no hospital.
Então é assim, não sabemos nada do que teremos que passar nesta vida. Naquela época, quando ainda era um menino sonhador, pedalando sob o sol escaldante da costa oeste paranaense, eu jamais poderia imaginar que aquele meu parceiro de pedal e de tantas aventuras, um dia iria partir desta forma. Que descanse em paz. Abaixo uma foto antiga, onde ele aparece com nossa turma. È o primeiro da esquerda.
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| 1994 |
