terça-feira, 25 de outubro de 2011

QUAL A SUA TRIBO?

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Pessoal outro dia li um depoimento emocionante sobre o nosso esporte, intitulado Qual a sua tribo? Resolvi compartilhar com vocês. Foi escrito por Claudia Franco, no blog: http://ciclofemini.com.br/.

Sou muito observadora principalmente dos comportamentos e relacionamentos humanos e, desde quando comecei a pedalar percebi que o mundo do ciclismo tem algumas características muito distintas de outros esportes.
Antes de entrar para o ciclismo pratiquei vários outros esportes: tênis, natação, rafting, esgrima, patinação, wakeboard, windsurf,corrida  entre outros.
Em nenhum destes esportes, pelo menos na minha vivência, encontrei uma comunidade tão unida e receptiva quanto a de ciclistas.
Quando os ciclistas se encontram para fazer um passeio todos parecem ser amigos de infância, quando na realidade muitos deles estão se conhecendo naquele momento do encontro. 
Os ciclistas trocam muitas informações a respeito de equipamentos, rotas, dietas, suplementos, roupas, lugares bacanas para pedalar e por aí vai. Não há economia de informação e cada um tem a chance de conhecer as coisas boas do mercado, os lançamentos, o que está na moda, etc.
Outra característica interessante é que não existe distinção entre classes sociais, raça e credos. Um ciclista que tem uma bicicleta muito simples pedala ao lado de ciclistas com bicicletas de alta tecnologia.
O gosto pelo pedal é o ponto comum e isso basta. O restante não tem tanta importância, por isto qualquer pessoa que ingressa neste esporte é bem recebido e se integra facilmente, fato que alimenta ainda mais a paixão pelo ciclismo.
Não há nada mais gostoso, mais gentil e cativante do que ser super bem recebido por um grupo de esportistas de bem com a vida e amáveis.
Percebi que a única, se é que exista, divisão entre os praticantes do ciclismo dá-se no tipo de pedal, ou seja, de acordo com a modalidade de ciclismo que mais atrai o esportista. Oficialmente o ciclismo é dividido em quatro categorias: provas em estradas, provas em pistas, provas de montanha (Mountain Bike) e BMX. Mas em cada categoria é natural a formação de grupos distintos.
Os ciclistas que usam a bicicleta do tipo “speed”, chamados de “speedeiros”, são considerados elitizados pelos que praticam o mountain bike. Na minha opinião as bicicletas speed são mais elegantes, também as roupas, capacetes, enfim o conjunto me dá a sensação de mais harmonia e elegân cia e os ciclistas em si são tão bacanas como os que praticam Mountain bike ou BMX.
Tenho uma bicicleta speed muito simples que uso apenas no rolinho e algumas vezes para treinar um giro. Quando encontro o grupo de “speedeiros” todos me recebem bem e com paciência pedalam ao meu lado me incentivando e motivando a continuar com o pedal.
Na categoria mountain bike tenho convivido com várias “tribos”. Tem aqueles que adoram um pedal pesado, não dispensam nenhuma pirambeira e quanto mais dura e mais desafiadora a trilha, mais felizes ficam. Este tipo de percurso tem em média 40Km.
Há os que gostam de trilha com terra batida, preferem o passeio, curtir a paisagem sem grandes esforços, gostam de pedalar grandes distâncias, desde que a trilha seja relativamente fácil. Estão acostumados a pedalar distâncias longas acima de 80Km.
Há aqueles que preferem as cicloviagens, normalmente pedalam mais de um dia seguido e carregam muito peso nas bagagens quando não dispõem de carro de apoio. Outros preferem cicloviagens com apoio e toda a mordomia que puderem pagar.
Vejo a diferença não somente na modalidade de pedal, mas também no tipo de investimento que fazem em seus equipamentos.  Muitos ciclistas são aficionados por alta tecnologia, usam bicicletas sofisticadas, de carbono, com freio a disco, hidráulico, suspensão inteligente e uma série de componentes que conferem a magrela um desempenho incrível facilitando sobremaneira o pedalar do seu usuário. Há os que preferem não fazer tal investimento, não são aderentes ao modismo e nem a alta tecnologia por uma questão de custo e também por cultura, pedalar simplesmente é o que lhes basta.
Considero-me uma ciclista privilegiada, pois tenho freqüentado todo tipo de grupo. Esta flexibilidade tem me proporcionado momentos maravilhosos e um aprendizado importante no que se refere às diversas técnicas de pedalar, no estilo de trilha ou passeio e principalmente no relacionamento humano.
É fato, em nenhum esporte obtive as alegrias que estou tendo com a prática do ciclismo. E em nenhum outro esporte, e me arrisco dizer que em nenhuma outra área de minha vida fiz tantas amizades e encontrei tanta gente legal e de bem com a vida.
Independentemente de qual tribo faça parte, todos os ciclistas, ou pelo menos todos os que conheci, e são muitos, tem em comum o senso prático, a simplicidade, o gosto pela liberdade, o gosto e respeito pelo meio ambiente, a solidariedade, a amizade e certamente uma profunda paixão pelo esporte.
Depois de um ano pedalando, vivenciando tantos desafios e oportunidades sinto que mudei, mudei meu modo de ver o mundo e tudo a meu redor. Muito dos meus valores já não existem mais, foram substituídos por outros que considero melhores e até mais profundos.
A simplicidade e o movimento do pedalar traduzem o que vivo hoje. Sinto-me em constante movimento, com fluidez e leveza. A prática do ciclismo me trouxe simplicidade, a alegria de viver e saborear cada momento da vida.
E você, faz parte de qual tribo?

domingo, 23 de outubro de 2011

LEMBRANÇAS

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Esse mês eu completei 32 anos de idade. Foi um dia de reflexão e dentre essas, fiquei alguns minutos a me recordar de uma das melhores fases de minha vida. Isso não quer dizer que atualmente não esteja satisfeito, porém acho que todos nós, temos nossas fases. Entre 1993 e 1997 (adolescência) participei de várias competições amadoras na modalidade mountain bike. Para isso, treinava forte todos os dias. Nessa época, eu ainda residia em Guaíra e tínhamos uma equipe dedicada, que sempre faturava nas competições amadoras por Cascavel, Maringá, Londrina e Umuarama. Na minha categoria, a equipe tinha entre 5 e 8 bikers. Havia também os bikers das categorias com idade mais avançada. Formávamos uma verdadeira família, principalmente entre eu os amigos da mesma idade. Época de poucas responsabilidades. Vou relatar duas curiosidades desse tempo bom. Numa determinada competição realizada pela TV Tarobá de Cascavel, eu e outro atleta logo nos distanciamos do resto do grupo.  Durante todo o percurso, fizemos o sistema de revezamento. Ou seja, a decisão da prova ficou mesmo para o sprint final. Infelizmente não dei sorte e meu adversário venceu por uma roda. O detalhe interessante dessa história  é que esse meu adversário, anos depois se revelou um atleta de ponta, porém na modalidade speed. Foi campeão da Copa América por quatro vezes e foi vencedor ainda por duas ocasiões da Prova 9 de julho, dentre outras competições importantes. O nome da figura é Nilceu Aparecido do Santos, o the flash. http://pt.wikipedia.org/wiki/Nilceu_Aparecido_dos_Santos.
A segunda curiosidade dessa época, é que durante os nossos treinos um dos membros de nossa equipe, observou que sempre passávamos por uma moça desconhecida que pedalava uma bike comum e sem marchas, porém enfrentava com garra as subidas do percurso. Ficamos sabendo que ela pedalava da casa ao trabalho todos os dias. Diante disso, certa vez ele a abordou e fez o convite para que ela participasse de algumas provas. Resultado: ela aceitou e se destacou, ganhou inúmeras provas no Paraná. Por conta disso foi contratada por uma equipe italiana. Seu nome é Rosane Kirch e quem quiser saber mais sobre ela, pode  acessar o link: http://ciclismobr.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=249:biografia&catid=39:artigos-relacionados&Itemid=432,  onde inclusive ela conta essa historia. Bom, para finalizar o post, abaixo algumas fotos daquela época.


Prova em Cascavel onde fiquei em segundo lugar e Nilceu Aparecido dos Santos em primeiro lugar.




Sou o primeiro da direita. Nossa turma em Cascavel.

Sou o número 02 e estou pedindo para esperar um pouco, estava ajustando pedaleira..é faz tempo.


1993 - Minha primeira prova amadora de MTB em Guaíra - 1993. Exatamente nesse dia, nasceu de fato minha paixão pelo mountain bike.
  
Prova em Guaíra - 40km - 1994



Parte da equipe exibindo as premiações



1995 - Depois de um pedal de 140km entre a cidade de Sete Quedas no Mato Grosso do Sul até Guaíra no Paraná. Naquela época ainda não havia a ponte para atravessar o rio Paraná (3,5km de uma margem á outra) que divide os dois estados. Ao fundo apenas uma parte da ponte que demorou anos para ficar pronta, bem como o ferry boat que estava prestes á chegar para a travessia.
Sr. Manoel, eu e Marco.
Atualmente existe essa ponte (Ayrton Senna). Porém esses tempos tentei passar de bike e fui impedido por um agente da PRF. Quase fui preso pois achei um absurdo e queria passar de todo jeito. Mas depois em casa até dei razão, era um feriado e o movimento estava acima do normal, por conta das compras no Paraguai. Já imaginou cair aí com bike e tudo rsss
 

sábado, 22 de outubro de 2011

PEDAL DE SÁBADO - 22/10/11

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Exatamente ás 07h30min, em frente á Bike Shop, encontrei com o Renê, com o qual havia combinado um pedal para a manhã deste sábado. Como ele tinha que estar de volta até 11 horas, decidimos fazer um pedal até o pedágio, porém por uma rota mais tranqüila. O dia ensolarado estava bom por demais para um pedalzinho. Fomos de boa, numa pegada leve até o pedágio. Na volta, apertamos o passo, porém sentimos um pouco. Eu por conta de estar há muitos dias sem descanso, o que me fez sentir, pois sobrava fôlego e faltavam pernas. Sinal vermelho, repouso também é treino. Já o Renê estava há dez dias sem treinar, logo sentiu um pouco também. Na volta, percebi que mesmo tendo passado umas trocentas vezes em frente a uma igrejinha muito simpática, nunca fiz registro fotográfico. Diante disso, segue aí uma foto da dita casa de Deus. Quando chegamos em Sanjo, fomos até a Bike Shop para um reparo na bike do Renê, onde também fizemos um registro dentro da oficina. No total foram 52km, com média 20km/h.

Renê

Igrejinha Azul

Depois do pedal, a máquina do Renê teve que fazer um pit stop na Bike Shop.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

PEDAL COM CHUVISCO 16-10-11

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O pessoal da equipe Os Galo Véio fizeram o convite para pedalarmos pela manhã deste domingo, até o Morro do Canal. Pensei: ótima idéia, afinal não conheço esse trajeto. Estendi o convite ao Waldemar que também aceitou. No entanto, logo cedo, recebi mensagem da galaiada para cancelar o pedal, pois em Curitiba de onde iriam sair, estava desabando água. Mas em Sanjo naquele momento, nada de chuva, apenas o tempo fechado. Passei uma mensagem ao Waldemar, para decidirmos se iríamos fazer algum trajeto, mesmo com o tempo esquisito. Ele topou sair assim mesmo, pois estava seco por um pedal. Logo nos primeiros cinco km,  fui obrigado a parar e fazer um reparo, o pneu traseiro furou. Mais alguns quilômetros, já na terrarada, um chuvisco apareceu, coisa leve mas presente. Oo tempo continuava muito fechado. Seguimos assim até o pedágio. Não sou adepto de sair de casa para pedalar quando está chovendo, mas pegar uma chuvinha no meio do trajeto, não tem nada de mais. È até bom para treinarmos a habilidade de pedalar nestas condições, uma vez que se exige bem mais técnica do que quando se pedala no seco. E assim foi o percurso todo de ida e volta, alternando momentos sem e com chuvisco. A estrada estava bem enlameada. No pedágio encontramos outros malucos pedalantes, que ainda iriam descer até Morretes. A novidade no pedágio é a advertência para que os ciclistas não estacionem suas bikes na entrada do SAU. Apenas aporrinhação, nada demais. Pior mesmo é quando entramos com pezão sujo de barro ou pó. Mas sempre procuro limpar ao máximo, para evitar sujeira. O que não posso é deixar de tomar aquele café! Ainda mais considerando o valor do robágio. Quem não tem esse problema são os speedeiros limpinhos. Não é? Mas como eu faço parte da turma dos tatu sujinhos, pois praticamente só pedalamos na terra, temos que tomar esse cuidado. Pois é galera, assim foi o pedal chuvoso deste domingão, que ao final deu o total de 53 km.











domingo, 9 de outubro de 2011

VOCÊ JÁ TEVE O PNEU DA BIKE RASGADO? 08/10/11

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No começo da semana enviei um e-mail para minha lista de contatos, com o intuito de fazer um pedal de 70 km. O mesmo fez o José Guilherme com os contatos dele. No entanto, no horário e local combinado (Bike Shop) apenas quatro corajosos apareceram.  Eu, Waldemar, Marcelo e Gilmar. Pois então, trajeto tranqüilo e sem maiores acontecimentos até o SAU do pedágio da BR 277. Lá encontramos o famoso Chacrinha, figura que eu não via há meses. Encontramos também os Galo Véio, turminha boa de pedal. Tiramos alguns retratos para posteridade e partimos em direção ao nosso destino, afinal tínhamos ainda 40 km pela frente. Na primeira descida forte de terra, onde há uma sucessão de curvas, estava eu descendo no gás, pela direita da pista, quando numa curva apontou repentinamente uma camioneta, o motorista se assustou e meteu a mão grande na buzina, mas comigo estava tudo sob controle e continuei o curso da curva. Mas o Waldemar que vinha logo na seqüência, alicatou o freio traseiro e aquela derrapada tradicional aconteceu. Num lance rápido ouvi o barulho da pedrarada, olhei para trás e pensei: vai cair. Mas a experiência e habilidade do biker (apesar de ter alicatado o freio) fizeram toda a diferença, pois numa manobra mega rápida, soltou o freio e a bike alinhou na trajetória da curva novamente. Mas pense que isso acorreu entre 50 e 60 km/h, numa curva, com uma camioneta que surgiu do nada e pior, com um buzinasso. Mas temos que fazer justiça aos anjos do Waldemar, que trabalharam duro nessa hora kkkk. Quando terminei a descida, parei para esperar o colega e comentar a manobra extrema. Momento em que ouvi uma explosão, isso mesmo, não estou a exagerar, pois o estouro foi muito alto. Resultado: o pneu traseiro da bike do Waldemar não suportou a pressão a que foi posto na referida manobra e literalmente rasgou. Segundo o Waldemar, depois da derrapada, sentiu que algo estava errado, mas iria verificar depois, quando terminasse a descida. Mas nem deu tempo de parar, antes o pneu estourou de vez. Os sentimentos foram vários, pois por um lado teria que abortar a missão, afinal ninguém anda com um pneu reserva – apesar de que não é má idéia depois dessa – por outro lado, ainda bem que estourou de vez, quando a descida já havia terminado. Caso tivesse estourado durante, com certeza nem toda habilidade do mundo, teria livrado nosso amigo de uma queda. Infelizmente tivemos que abandonar o parceiro, que não tinha outra alternativa, que não esperar o resgate. Eu, Marcelo e Gilmar seguimos em frente, passando por lindas paisagens. Desta vez registrei a presença de vários cachorros da região. Mas teve um em especial, muito bonito e extremamente simpático que deu vontade de trazer pra casa. Acompanhou-me por um bom trecho e depois desistiu. Espero encontrá-lo novamente no próximo pedal por aquelas bandas. O sol em alguns momentos castigou um pouco, porém, que venha o sol do verão. Para o Marcelo e Gilmar esse trecho era novo, e as subidas foram uma dificuldade á parte, pois como se sabe, quando não conhecemos o trajeto, ele fica bem mais pesado do que realmente o é. Mesmo assim, tiraram de letra e logo chegamos na Santa. Mas o pedal ainda não havia acabado e o pneu traseiro da bike do Gilmar furou com um daqueles grampinhos safados, logo ali no Bradesco. Feita a troca, seguimos e nos despedimos um pouco mais á frente, já no centro de Sanjo.

No total, foram 67km de pedal, média de 18 km/h, Máxima de 70,1 km/h numa das descidas e 3h40m pedalados. Valeu pessoal e cuidado com as descidas e curvas!!!!

Gilmar e Marcelo



Waldemar


Chacrinha, Waldemar, Marcelo, Gilmar, Eu e Everson



Equipe Os Galo Véio
 







Marca da derrapada da bike do amigo Waldemar



















Reparo na bike do Gilmar que contou com ajuda do Marcelo