sexta-feira, 7 de outubro de 2011

CORRIDA DA SERRA DA GRACIOSA

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Pessoal sei que o blog é sobre nossos pedais, porém quando li o relato da nossa amiga Claudia, falando sobre como foi sua corrida a pé, na serra da graciosa, não pensei duas vezes e pedi autorização para publicar aqui. Vale a pena ler, pois é como se estivesse lá conrrendo. Sem contar que ela ficou em segundo lugar. Ela é fera! Confira.



Dia 02/10/2011 foi marcado com caneta vermelha em meu calendário, assim que vi que seria o dia da 11º edição da Corrida da Serra Graciosa.

Estava com muita vontade de participar de mais esta prova.  Fiz os meus treinos o melhor que pude, preparei o psicológico e lá estava eu em mais uma largada. 

Na linha de largada encontrei a Erli, trocamos umas palavras e fomos nos amontoando no amontoado da largada, bem ao meu lado estava a Tamy, concentrada, ansiávamos pela passagem dos últimos minutos.

Às nove horas, pontualmente, soltou-se o pelotão. Segui os primeiros quilômetros trocando umas palavras com a Erli, fechamos o primeiro quilômetro em 4’23’’, um ritmo meio forte para o que havia pela frente, isto me deixou um pouco receosa.

Logo chegou o quilômetro 3, 4 e a subida começava a se mostrar mais forte, depois da animação da largada, segui num ritmo mais confortável e fui acompanhada um bom trecho pelo Rodrigo da MTS, que me incentiva, me puxava, valeu Rodrigo! Lá pelo quilometro 7 ou 8 ele foi firme e eu fiquei um pouco para trás. Até neste ponto eu achava que era a segunda colocada e alguns metros adiante fui ultrapassada por uma atleta que, pelo ritmo, não poderia acompanhar.

E a subida continua...  uns quilômetros serra acima um senhor da camisa branca me incentiva, seguimos um bom trecho calados, mas com uma troca de sinergia que um ajudava o outro constantemente Até aqui tudo tranqüilo, era só levantar a perna e por o pé um pouco mais adiante, nada de novo.

Ultrapassamos uns ciclistas de MTB que estavam prestigiando o evento, e mais ou menos neste instante alguém me gritou que eu era a segunda colocada. Opa ! Agora animou, até comi o gel com mais gosto.

Ao avistar o “posto das bananas” fiquei pensando: Pego uma ou não? Acho que vou pegar. No ano passado quase tive câimbra no final, mas se pesar no estomago? Decidi, de última hora, em não pegar. Foi um sabia decisão.

No quilômetro 15 isotônico e uma animação muito alegre e contagiante de alguns que estavam lá. Acho que foram contratados especialmente para isto, faziam questão de ler nossos nomes com entusiasmo. Só de ouvir o incentivo deles valeu mais que um sache inteiro de gel. Ali confirmaram que eu era a segunda, nem acreditava. Cheguei ao quilometro 15 bem, agora faltavam somente 5 e tinha muita descida, mal sabia eu que meu martírio começaria agora.

Não sei o que me aconteceu, talvez seja a puxada forte que dei na subida, ou talvez o gel não tenha  caído muito bem, mas assim que comecei a descer minha respiração mudou demais e tive muita dor abdominal, começou do lado esquerdo, depois mais para o meio, para  o outro lado e sei lá mais onde.  O impacto da descida judiava, não consegui mais acompanhar o senhor de camisa branca, foi uma pena ele indo e eu ficando, mas .... eis que alguns metros adiante a Tamy  me passou forte numa descida, aliás coisa mais linda de ver a desenvoltura dela nas descidas, vi ela passando, as dores me pegando, parecia que era um filme, mas saí do banco de expectadora e fui atuar,  na hora pensei mais ou menos assim: “Eu corro com as pernas, não corro com a barriga, então vamos lá ver o que dá”. 

Caramba, a emoção e a aflição começaram a pegar, para quem estava mais atrás devia ser lindo de ver, nas descidas a Tamy me passava, e nas subidas eu a passava, foi assim acho que do quilômetro 16/17 até o final, eu corria o tempo todo ouvindo a respiração dela. Teve uma hora que pensei: “Senhor nos acuda”.

Coisa que judia demais é subir uma serra e no final acontecer um “pega” destes, agora escrevendo sentadinha é gostoso e até divertido de lembrar, mas na hora H dá um negócio que a gente nem pensa direito, até o neurônios descem para as pernas para ajudar.
Na penúltima descida consegui aplicar a minha estratégia, de tentar deixar ela não me ultrapassar novamente, e consegui me manter firme até o final da subida. Terminada a subida, vem os cedros, a última descida e o tão esperado pórtico. Naquele ponto só pensei: É agora, é tudo ou nada. Me agarrei nas últimas forças, quebrei o pescoço para o lado e fui, e a Tamy  vindo, acho que corria mais que minhas próprias pernas, parecia coisa de desenho animado, fechei um pouco um dos olhos, agora nem me lembro o qual, para pegar mais força rs  e parti para os últimos duzentos metros, nem acreditei quando passei embaixo do pórtico.

Agradeço muito a Deus por ter me dado forças por participar de mais esta prova, aos meus amigos parceiros de treinos e incentivadores, ao Tomate – MTS pelo convite do treino na Graciosa e pelas dicas rápidas para os próximos treinos  (alias este foi o  ano que menos treinei na Graciosa e que consegui meu melhor resultado)  e ao meu marido, pela compreensão das ausências e pelo apaixonado incentivo de sempre.  Tempo: 1h49min17seg

Claudinha
03/10/2011

domingo, 2 de outubro de 2011

LIBERDADE

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 Isso mesmo, quando estou em cima de minha bike, sou um ser livre, com o vento batendo na face, contato intenso com a natureza, cheiro de mato, uma coruja aqui, uma lhama ali, outro pássaro acolá, poeira, barro, trilhas e pedras. Adrenalina nas descidas e desafio ao próprio corpo naquela subida íngreme. Integração entre homem e máquina, afinal uma bicicleta não passa de uma máquina, controlada pelo homem. O charme de pedalar durante a noite é um caso á parte, pricipalmente quando estamos longe da cidade, na zona rural, onde é possível ouvir sons de grilos, sapos, corujas e até macaco bugil livre na mata como já aconteceu. O que dizer então de apreciar eventuais vaga-lumes ou então pedalar numa noite com lua cheia. Imagine descer a linda serra da graciosa numa noite assim (com lua cheia), eu nem preciso imaginar apenas relembrar, pois foi sensacional. Basta ter a sensibilidade de apreciar a natureza. Minha esposa costuma dizer que sou viciado em pedalar. Que seja então e argumento dizendo que vício saudável! Melhor do que levar aquela vida sedentária e quem sabe ainda com outros vícios nem tão saudáveis assim. Cada pedal tem uma história única, situações e emoções diferentes. Outro ponto forte é a socialização que esse esporte proporciona, inúmeros são os amigos que fiz, em decorrência das minhas incessantes pedaladas. Às vezes me deparo com ciclistas com mais de 60 anos e sempre penso: também quero chegar nessa idade podendo pedalar muito ainda, e servir de exemplo aos mais jovens. Confesso que tenho um sonho a ser realizado com a magrela, quero fazer ao menos uma destas viagens longas, acima de 2000km. Não sei quando, nem quais caminhos irei percorrer e conhecer desta forma, a única certeza que tenho, é que se Deus permitir, irei realizar.

sábado, 1 de outubro de 2011

PEDAL EM COLOMBO – 01-10-11

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Neste sábado o pedal foi em Colombo city. Nossos amigos bikers Luciano (que mora em Colombo) e Maurício, que sempre pedalam conosco pela terrarada de Sanjo, fizeram o convite. Convite feito, convite aceito. Para me acompanhar nessa empreitada, contei com a companhia do Waldemar. O horário definido para saída em Colombo, foi 8:30h. Ao chegar na casa do Luciano, muita animação e tali tal. Descemos as bikes e quando me dei conta, o esperto aqui havia esquecido as sapatilhas mágicas. Putz! Pensei, f.....como pedalar agora? Ah, mas não contávamos com o Luciano, que de pronto tinha a solução, as sapatilhas que ele usa na speed. Ufa! Problema resolvido, que nada. Após instalar os tacos, não conseguíamos apertar de forma correta (parafuso espanando) e eu não conseguia tirar o pé, pois o taco virava quando fazia o movimento lateral para desclipar. Entendeu? Confesso que a explicação não ficou lá essas coisas, mas me nego a escrever novamente, então tente imaginar aí. Mais uma vez o Luciano salvou o pedal, nos levando numa bicicletaria de um amigo dele, que fica perto de sua casa. E não deu outra, o mestre splinter deu um jeito no tal taco e assim com mais de 30 minutos de atraso, finalmente poderíamos começar o nosso pedal colombiano. Por falar nisso, uma informação de conhecimento geral, a cidade de Colombo tem esse nome em homenagem ao famoso descobridor Cristóvão Colombo.
Um dos pontos bacanas desse pedal foi que com pouca distância, em torno de 4km, já estávamos na terrarada. Sempre com Luciano e Mauricio á frente, pois conheciam o trajeto. E que trajeto. Com subidas intermináveis e extremamente íngremes. Foi a vingança, pois em Sanjo sempre levamos os colegas para umas paradas assim rs. Mas as descidas e lindas paisagens também estavam presentes. Por falar nisso, nota dez foi um trecho de 6km, onde foi possível usar o pratão o tempo todo, o que rendeu uma boa  dose de adrenalina. O sol, esse foi um desafio á parte, pois estava de rachar e nos fez sofrer um bocado. Mas a verdade é que foi um pedal bom por demais! Ao todo foram 35km, com praticamente duas horas pedaladas. Conhecemos um lugar novo e com uma pegada diferente. Com certeza, voltaremos. Valeu galera. Abraços. 

Waldemar, Maurício e Luciano

Detalhe: sapatilha grudada no pedal







Será que que o Waldemar está cansado?


Esse aí estava louco de vontade de se juntar ao grupo.



Eu



Opa! é o Tony Ramos? não não, é o Luciano Ramos kkkkkk

PEDAL DA BIKE SHOP – 29-09-11

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O pedal organizado pela Bike Shop, na pessoa do José Guilherme, foi muito bom, contando com uma galera animada e que pedala muito. Com poucas paradas durante o percurso, apenas uma maior num posto de gasolina, fizemos 45km, sendo a maior parte por terra. A noite estava com temperatura muito agradável e o céu estrelado, o que com certeza foi o diferencial. Alguns, depois do pedal, foram repor as energias com uma pizza. Segue abaixo a única foto do pedal.