segunda-feira, 27 de junho de 2011

PEDALADAS ANTIGAS

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Em 2009 mantive contato profissional com uma pessoa e já no primeiro encontro percebi que ele havia sofrido um acidente, pois estava todo capenga, agora não me lembro ao certo, mas acho que era com o braço quebrado. Em dado momento perguntei a ele o que havia acontecido, ele disse que tinha sido um capote de mountain bike. Conversamos alguns instantes sobre a loucura que é se enveredar por estas terrarada, principalmente durante a noite. Então contei que quando adolescente pedalava bastante, diante disso ele fez o convite para que eu me juntasse a turma que sempre se reunia toda terça-feira, na Praça Pedro Moro.

Aquilo aguçou minha vontade de voltar a pedalar. Então pesquisei bastante onde comprar a bike e em novembro de 2009, comprei a magrela numa loja em Curitiba. Esses dias eu estive dando uma olhadinha em algumas fotos dos pedais de 2009 e parte de 2010. Curioso, faz tão pouco tempo, mas quanta diferença na minha bike, pois atualmente somente o quadro, selim e canote são os mesmos, o resto já troquei tudo.

A turma de pedal também, em 2009 eu não conhecia nenhuma alma pedalante e logo veio o final do ano e tal. Assim, quando voltei das merecidas férias em janeiro de 2010, até tentei voltar a pedalar com a turma de terça, porém começo de ano e não aparecia praticamente ninguém. Confesso que fiquei decepcionado e até tentei algumas aventuras sozinho.

Certa tarde em fevereiro de 2010, lá fui eu em direção á Colônia Marcelino, sem saber ao certo pra onde estava indo, pois eu de fato não conhecia nada dos trajetos. A certa altura um baita cachorro de quase um metro de altura (era quase isso mesmo) veio em minha direção, acelerei e caí na besteira de tentar dar um chute na boca da criatura, mas ele abriu a boca e fechou. O problema é que quando ele fechou a boca, o meu pé estava lá dentro.

O dono do cão, apenas gritou quando ele já havia fechado aquela imensa boca, no pé do pobre ciclista aqui. Então ele educadamente abriu a boquinha e eu segui em frente. Por sorte não machucou meu pé de anjo. Uns dois quilometros á frente parei e perguntei para um ser, se caso eu seguisse em frente, teria como sair em Sanjo, na rodovia, enfim em qualquer lugar pras bandas da minha casa, o que eu não queria era ter que  voltar pelo mesmo caminho e enfrentar aquele cão novamente.

Mas o serzinho estava mais perdido que eu e todo mundo havia resolvido brincar de esconde esconde naquela tarde, pois eu não via ninguém. Para ajudar o tempo estava ficando feio e uma tempestade era coisa de minutos. Não tive alternativa, peguei duas pedronas e fui, rezando pra que a criatura que ataca ciclistas desavisados não estivesse me esperando. Passei pelo lugar como uma bala e graças a Deus, nem sinal. Devia estar lá nos fundos, no seu casarão, pois o bicho era grande demais, contando vantagem aos amiguinhos, sobre como ainda pouco tinha abocanhado o pé de um mané.

Depois disso, eu tinha pavor de pensar em sair pedalar pela terrarada sozinho e congelei a bike. Certo dia em abril ou maio de 2010, estava eu correndo no aeroporto (parque de lazer e ponto turístico de São José dos Pinhais) quando encontrei o Waldemar que também fazia uso do espaço recreativo. Havíamos pedalado juntos uma ou duas vezes com a turma de terça, portanto não tínhamos amizade, pra dizer a verdade nem o nome da criatura eu sabia naquela altura.

Mas ele estava no mesmo barco dos desolados, pois também não tinha tempo de pedalar durante a semana e no final de semana, não conhecia ninguém com tempo disponível para aventuras ciclísticas. O resultado foi que combinamos de fazer um pedal no final de semana, que se repetiu por varias vezes, por isso o chamo de parceiro velho de guerra. Com o tempo, outros amigos apareceram naturalmente, como Fernando, Maurício Ribas, Mauricio Bastos, Luciano, Luciana, Felipe, Maria Helena, Rômulo, Fábio, Sérgio Chaves, Maurício Brito, Diego e me perdoe se esqueci de alguém. Essa é uma das virtudes do esporte, unir pessoas. Em homenagem a isso, posto algumas fotos antigas.

















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