terça-feira, 8 de novembro de 2011

REVEZAMENTO PÃO DE AÇUCAR - RIO DE JANEIRO - NOVEMBRO DE 2011

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Incrível! Apenas uma palavra dentre tantas possíveis, para descrever como foi participar pela Equipe de Aventuras Jacaré de Conga (da qual eu e esposa fazemos parte), da Maratona de Revezamento Pão de Açúcar, no dia 06 de novembro no Rio de Janeiro. A equipe foi composta por 15 jacarés, sendo que a participação se deu com dois quartetos e um octeto. Por conta da desistência de um atleta do octeto, eu acabei por fazer dois trechos, o que resultou em pouco mais de 10km. Bom, a cidade dispensa comentários com relação á beleza natural. Isso somado á companhia nos amigos, fez o final de semana especial. Abaixo, algumas imagens.


Equipe Jacaré de Conga


Iasnay fazendo graça.



Monumento em homenagem aos pracinhas - local onde foi a largada da prova.
 


Mural de recados - homenagem á esposa rs...

Aterro do Flamengo


Merecidas medalhas



Pouco antes de chegar ao Cristo
 
Lindo


Me senti um passáro. Momento único!


Lagoa Rodrigo de Freitas


Jardim Botânico - Palmeiras Imperiais
Ao fundo o Pão de Açucar


terça-feira, 1 de novembro de 2011

PEDAL EM SANTA CATARINA - 28-10-11

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                       O projeto de pedalar em Mariscal surgiu faz pouco mais de seis meses, quando conheci o Maurício Bastos, que foi apresentado pelo Fernando. Maurício reside na linda praia de Mariscal (que fica em Bombinhas – SC) e sempre que vem até Sanjo visitar seus pais, traz a bike e pedala com a turma. Ele é o feliz proprietário do residencial Angelin (http://www.residencialangelin.com.br/index.htm) um conjunto de sobrados disponíveis para locação naquela praia, onde ficamos hospedados. Maurício foi o nosso guia por aquelas bandas.

                     No total, descemos em cinco bikers, sendo eu, Maurício Brito, Marcelo, Waldemar e Luciano. De lá apenas o Maurício Bastos. Estiveram presentes também as esposas, filhos e amigos. Na sexta-feira, aos poucos todos foram chegando, com exceção do Luciano que saiu tarde e chegou apenas no começo da madrugada. Comigo foi minha esposa Iasnay com as amigas Luciana e Mirian. Quando chegamos a Bombinhas já era tarde da noite e a fome dava sinais. Fiquei preocupado em me alimentar, pois o pedal do outro dia prometia.

                     E pedalar sem se alimentar direito pode ser muito desagradável. Assim, paramos num lugar no centro que servia diversos tipos de caldo, mas eu fiquei mesmo no espaguete, afinal era preciso reservar carboidratos.

                    O pedal ficou combinado para as sete horas do sábado. O Waldemar ficou na casa da irmã dele, há poucas quadras de onde estávamos. Acho eu, que perdeu a hora, pois ás 6:45 recebo um torpedo dizendo algo como já estou chegando, me esperem. Calma Waldemar, ninguém iria te deixar... rss mas é melhor garantir.....de fato saímos um pouco atrasados.

                 

Marcelo e seu camelback improvisado.

Eu depois de uma subida intensa de asfalto.





Simpática Igrejinha
   
Maurício Bastos - patrocinado pela Wolkswagen rsss

                        Depois de alguns quilômetros percorridos, a primeira emoção: uma descida alucinante em asfalto, onde atingimos velocidades acima dos 80km/h. Marcelo: 80.5km/h, eu:80.4km/h e Waldemar 79,0km/h. A foto dos ciclocomputadores não nos deixa mentir. Como o trajeto era desconhecido, em todos os km uma nova paisagem a ser admirada. Depois de muito pedalar chegamos à cidade de Itapema, onde fizemos uma pausa maior. De lá, era possível avistar ao longe uma montanha que tinha no seu topo, inúmeras torres com antenas. Maurício disse que iríamos subir aquele morro, então pensei: a pegada vai ser forte.



Velocidade máxima pela ordem: Marcelo, eu e Waldemar
 
Só podia ser o Luciano


Trecho da BR 101
 
Bem ao fundo a cidade de Itapema


Estradinha gostosa de pedalar


Trecho urbano - Itapema




Itapema
 


Força na canela...


Ao fundo podemos ver a Ilha de Porto Belo

                   E não deu outra, a subida tem 1,7km e não foi possível passar dos 4 ou 5km/h. Basta ver o visual na foto acima. Depois de subir a dita montanha, tínhamos que descer, porém a velocidade não foi muita, pois é uma descida cheia de cotovelos. Pedalamos por mais alguns quilômetros até chegar em casa,quando já passava da uma hora da tarde. Foram quase 70 km percorridos.




Maurício e logo depois o Marcelo



                     Depois de chegar em casa, tomei um banho e saímos para almoçar. Ah e como estava bom aquele almoço. À noite, toda a turma se reuniu para jantar numa pizzaria e depois para alguns, uma parada numa milk-shakeria onde tinha 600, isso mesmo, 600 sabores diferentes. È meia hora só para decidir. Nem me lembre que fico com água na boca.



Pizza


Luciana, Iasnay, Eu, Maurício e Mirian
Vai um milk aí?

             No domingo, o pedal foi mais curto, apenas 15 km. No entanto, a adrenalina foi sem medida. Fomos da praia de Mariscal até a praia da Tainha, mas o detalhe é a montanha que tivemos que subir e descer para fazer esse trajeto. È difícil até de expressar em palavras, o quanto as subidas são terríveis e o quanto as descidas são incríveis. Não me lembro de ter pedalado em uma subida tão íngreme como aquela e também de ter pedalado numa descida tão forte.

              Pessoalmente, acho que isso foi o diferencial. Eu e Marcelo comemoramos quando terminamos a subida mais terrível, pois fomos juntos do começo ao fim, roda com roda, cada qual na sua angustia de olhar e ver que a danada ainda não acabava depois da curva e pior ainda quando depois de muito subir, vimos uma plaquinha onde estava escrito: mirante á 1000 metros. Tínhamos que alinhar o tronco na horizontal e fazer muita força, em muitos trechos não era nem possível pedalar em pé, pois a roda traseira teimava em patinar.  Já no alto do morro, o visual é incrível e de certo lugar é possível ver a Ilha de Floripa, mais especificamente as dunas da praia dos ingleses.
                  
                 Já nas descidas o bom é que nesta montanha,  não tem aquelas curvas em cotovelo, pelo contrário, elas permitiram excelentes velocidades, pelo menos desci um bom trecho com velocidade superior aos 60km/h, mas isso freando, pois se soltasse, só Deus sabe a velocidade que poderia atingir, aquilo é um verdadeiro penhasco.....rs. Ao final da descida, o aro estava quente de tanto ter que usar o freio. A praia da Tainha, apesar de pequena, é linda, porém voltar era preciso. Antes das 12 horas, estávamos em casa. O final de semana tão esperado, estava prestes a terminar. Que pena. Era só almoçar, carregar as bagagens e pegar a estrada para o retorno até Sanjo.
            
               Para informação, no pedal de sábado o trajeto ficou assim: Mariscal, Morrinhos, Bombas, Porto Belo, Alto Perequê, Santa Luzia, Tijucas, Sertão de Santa Luzia, Sertão do Trombudo, Morretes, Meia Praia, Perequê, Porto Belo, Morro de Zimbros, Morrinhos, Mariscal

                Foi de fato um final de semana sensacional, onde foi possível conhecer lugares novos, apreciar a linda natureza da região, jogar muita conversa fora com os amigos, estreitar os laços e curtir a família.


Pegada de passeião
 
Luciano, Waldemar e Maurício



Maurício fazendo força nos últimos metros da subida..




Luciano, Mauríco Bastos, Waldermar, Eu e Maurício Brito




Deste ponto, é possível ver a Ilha de Floripa (praia dos ingleses)

O que dizer?


Eu fazendo uma graça....


terça-feira, 25 de outubro de 2011

QUAL A SUA TRIBO?

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Pessoal outro dia li um depoimento emocionante sobre o nosso esporte, intitulado Qual a sua tribo? Resolvi compartilhar com vocês. Foi escrito por Claudia Franco, no blog: http://ciclofemini.com.br/.

Sou muito observadora principalmente dos comportamentos e relacionamentos humanos e, desde quando comecei a pedalar percebi que o mundo do ciclismo tem algumas características muito distintas de outros esportes.
Antes de entrar para o ciclismo pratiquei vários outros esportes: tênis, natação, rafting, esgrima, patinação, wakeboard, windsurf,corrida  entre outros.
Em nenhum destes esportes, pelo menos na minha vivência, encontrei uma comunidade tão unida e receptiva quanto a de ciclistas.
Quando os ciclistas se encontram para fazer um passeio todos parecem ser amigos de infância, quando na realidade muitos deles estão se conhecendo naquele momento do encontro. 
Os ciclistas trocam muitas informações a respeito de equipamentos, rotas, dietas, suplementos, roupas, lugares bacanas para pedalar e por aí vai. Não há economia de informação e cada um tem a chance de conhecer as coisas boas do mercado, os lançamentos, o que está na moda, etc.
Outra característica interessante é que não existe distinção entre classes sociais, raça e credos. Um ciclista que tem uma bicicleta muito simples pedala ao lado de ciclistas com bicicletas de alta tecnologia.
O gosto pelo pedal é o ponto comum e isso basta. O restante não tem tanta importância, por isto qualquer pessoa que ingressa neste esporte é bem recebido e se integra facilmente, fato que alimenta ainda mais a paixão pelo ciclismo.
Não há nada mais gostoso, mais gentil e cativante do que ser super bem recebido por um grupo de esportistas de bem com a vida e amáveis.
Percebi que a única, se é que exista, divisão entre os praticantes do ciclismo dá-se no tipo de pedal, ou seja, de acordo com a modalidade de ciclismo que mais atrai o esportista. Oficialmente o ciclismo é dividido em quatro categorias: provas em estradas, provas em pistas, provas de montanha (Mountain Bike) e BMX. Mas em cada categoria é natural a formação de grupos distintos.
Os ciclistas que usam a bicicleta do tipo “speed”, chamados de “speedeiros”, são considerados elitizados pelos que praticam o mountain bike. Na minha opinião as bicicletas speed são mais elegantes, também as roupas, capacetes, enfim o conjunto me dá a sensação de mais harmonia e elegân cia e os ciclistas em si são tão bacanas como os que praticam Mountain bike ou BMX.
Tenho uma bicicleta speed muito simples que uso apenas no rolinho e algumas vezes para treinar um giro. Quando encontro o grupo de “speedeiros” todos me recebem bem e com paciência pedalam ao meu lado me incentivando e motivando a continuar com o pedal.
Na categoria mountain bike tenho convivido com várias “tribos”. Tem aqueles que adoram um pedal pesado, não dispensam nenhuma pirambeira e quanto mais dura e mais desafiadora a trilha, mais felizes ficam. Este tipo de percurso tem em média 40Km.
Há os que gostam de trilha com terra batida, preferem o passeio, curtir a paisagem sem grandes esforços, gostam de pedalar grandes distâncias, desde que a trilha seja relativamente fácil. Estão acostumados a pedalar distâncias longas acima de 80Km.
Há aqueles que preferem as cicloviagens, normalmente pedalam mais de um dia seguido e carregam muito peso nas bagagens quando não dispõem de carro de apoio. Outros preferem cicloviagens com apoio e toda a mordomia que puderem pagar.
Vejo a diferença não somente na modalidade de pedal, mas também no tipo de investimento que fazem em seus equipamentos.  Muitos ciclistas são aficionados por alta tecnologia, usam bicicletas sofisticadas, de carbono, com freio a disco, hidráulico, suspensão inteligente e uma série de componentes que conferem a magrela um desempenho incrível facilitando sobremaneira o pedalar do seu usuário. Há os que preferem não fazer tal investimento, não são aderentes ao modismo e nem a alta tecnologia por uma questão de custo e também por cultura, pedalar simplesmente é o que lhes basta.
Considero-me uma ciclista privilegiada, pois tenho freqüentado todo tipo de grupo. Esta flexibilidade tem me proporcionado momentos maravilhosos e um aprendizado importante no que se refere às diversas técnicas de pedalar, no estilo de trilha ou passeio e principalmente no relacionamento humano.
É fato, em nenhum esporte obtive as alegrias que estou tendo com a prática do ciclismo. E em nenhum outro esporte, e me arrisco dizer que em nenhuma outra área de minha vida fiz tantas amizades e encontrei tanta gente legal e de bem com a vida.
Independentemente de qual tribo faça parte, todos os ciclistas, ou pelo menos todos os que conheci, e são muitos, tem em comum o senso prático, a simplicidade, o gosto pela liberdade, o gosto e respeito pelo meio ambiente, a solidariedade, a amizade e certamente uma profunda paixão pelo esporte.
Depois de um ano pedalando, vivenciando tantos desafios e oportunidades sinto que mudei, mudei meu modo de ver o mundo e tudo a meu redor. Muito dos meus valores já não existem mais, foram substituídos por outros que considero melhores e até mais profundos.
A simplicidade e o movimento do pedalar traduzem o que vivo hoje. Sinto-me em constante movimento, com fluidez e leveza. A prática do ciclismo me trouxe simplicidade, a alegria de viver e saborear cada momento da vida.
E você, faz parte de qual tribo?

domingo, 23 de outubro de 2011

LEMBRANÇAS

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Esse mês eu completei 32 anos de idade. Foi um dia de reflexão e dentre essas, fiquei alguns minutos a me recordar de uma das melhores fases de minha vida. Isso não quer dizer que atualmente não esteja satisfeito, porém acho que todos nós, temos nossas fases. Entre 1993 e 1997 (adolescência) participei de várias competições amadoras na modalidade mountain bike. Para isso, treinava forte todos os dias. Nessa época, eu ainda residia em Guaíra e tínhamos uma equipe dedicada, que sempre faturava nas competições amadoras por Cascavel, Maringá, Londrina e Umuarama. Na minha categoria, a equipe tinha entre 5 e 8 bikers. Havia também os bikers das categorias com idade mais avançada. Formávamos uma verdadeira família, principalmente entre eu os amigos da mesma idade. Época de poucas responsabilidades. Vou relatar duas curiosidades desse tempo bom. Numa determinada competição realizada pela TV Tarobá de Cascavel, eu e outro atleta logo nos distanciamos do resto do grupo.  Durante todo o percurso, fizemos o sistema de revezamento. Ou seja, a decisão da prova ficou mesmo para o sprint final. Infelizmente não dei sorte e meu adversário venceu por uma roda. O detalhe interessante dessa história  é que esse meu adversário, anos depois se revelou um atleta de ponta, porém na modalidade speed. Foi campeão da Copa América por quatro vezes e foi vencedor ainda por duas ocasiões da Prova 9 de julho, dentre outras competições importantes. O nome da figura é Nilceu Aparecido do Santos, o the flash. http://pt.wikipedia.org/wiki/Nilceu_Aparecido_dos_Santos.
A segunda curiosidade dessa época, é que durante os nossos treinos um dos membros de nossa equipe, observou que sempre passávamos por uma moça desconhecida que pedalava uma bike comum e sem marchas, porém enfrentava com garra as subidas do percurso. Ficamos sabendo que ela pedalava da casa ao trabalho todos os dias. Diante disso, certa vez ele a abordou e fez o convite para que ela participasse de algumas provas. Resultado: ela aceitou e se destacou, ganhou inúmeras provas no Paraná. Por conta disso foi contratada por uma equipe italiana. Seu nome é Rosane Kirch e quem quiser saber mais sobre ela, pode  acessar o link: http://ciclismobr.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=249:biografia&catid=39:artigos-relacionados&Itemid=432,  onde inclusive ela conta essa historia. Bom, para finalizar o post, abaixo algumas fotos daquela época.


Prova em Cascavel onde fiquei em segundo lugar e Nilceu Aparecido dos Santos em primeiro lugar.




Sou o primeiro da direita. Nossa turma em Cascavel.

Sou o número 02 e estou pedindo para esperar um pouco, estava ajustando pedaleira..é faz tempo.


1993 - Minha primeira prova amadora de MTB em Guaíra - 1993. Exatamente nesse dia, nasceu de fato minha paixão pelo mountain bike.
  
Prova em Guaíra - 40km - 1994



Parte da equipe exibindo as premiações



1995 - Depois de um pedal de 140km entre a cidade de Sete Quedas no Mato Grosso do Sul até Guaíra no Paraná. Naquela época ainda não havia a ponte para atravessar o rio Paraná (3,5km de uma margem á outra) que divide os dois estados. Ao fundo apenas uma parte da ponte que demorou anos para ficar pronta, bem como o ferry boat que estava prestes á chegar para a travessia.
Sr. Manoel, eu e Marco.
Atualmente existe essa ponte (Ayrton Senna). Porém esses tempos tentei passar de bike e fui impedido por um agente da PRF. Quase fui preso pois achei um absurdo e queria passar de todo jeito. Mas depois em casa até dei razão, era um feriado e o movimento estava acima do normal, por conta das compras no Paraguai. Já imaginou cair aí com bike e tudo rsss